terça-feira, agosto 31, 2004

TOCA A ENCHER O BUCHO

Um blog pode ser o que se quiser. Pode ser uma forma de intervenção; uma forma de escrever baboseiras acreditando que alguém as vai ler e achar piada; uma forma de fazer campanha política ou até mesmo um simples cartão de convite.

Utilizando então uma simples e maquiavélica estratégia de Marketing consigo aumentar a notoriedade deste sítio e ao mesmo tempo convidar-vos para o jantar do mês de Setembro.

O convite surge com uma antecedência sem precedentes pois este necessita de um jejum prévio por parte de todos (caso queiram tirar o máximo partido deste evento). Sem mais demoras, revelo que o jantar está previsto no conhecido, desejado e idolatrado FESTIVAL DA SAPATEIRA em Santa Cruz. Este destino, sugere também a existência de várias actividades extra-jantar como praia da parte da tarde e uma possível dormida na localidade (ainda por confirmar). A dificuldade em marcar este jantar obriga ainda a uma confirmação atempada da parte de todos.

Principais datas e horários:
- Confirmações até Quinta-feira
- Partida para Santa Cruz (destino praia) – 14:30 de Sábado no monumento ao Frango
- Jantar – previsto para as 20h em restaurante ainda por confirmar (chegada dos que não vão à praia por volta das 19:30)

Confiante que este jantar irá agradar a todos (afinal não é todos os dias que se pode comer sapateira até rebentar com o estômago sem magoar demasiado a carteira) conto com a presença de todos.

Não se esqueçam também de colocar o sopinha de massa nos vossos favoritos.

Despeço-me com amizade,
Bruno Jorge

segunda-feira, agosto 23, 2004

faltou-te um centésimo assim...

Teve de vir um nigeriano criado em frança que se naturalizou aos 15 anos no Algarve, trabalhou nas obras em tavira, teve uma depressão, foi para frança, encontrou uma treinadora que acreditou nele e o levou para o centro de alto rendimento em Madrid para nos dar a nós, portugueses uma alegria nos jogos olímpicos.

Não sabe falar português mas é português e isso é que interessa.

Agora penso no sentimento do Francis ao ver o ouro a uma distância de um centésimo de segundo e imagino a conversa com a treinadora...

- Bolas... menos um centésimo de segundo e eu ganhava.
- Pois é, francis... eu bem te disse para dares um salto de peixe ao cortar da meta...

quinta-feira, agosto 19, 2004

TREM DE COZINHA

Porque raio de razão se chama a um conjunto de panelas um trem de cozinha? A parte das rodas é-me fácil de identificar, mas o resto…
A única explicação que vejo é de na publicidade estarem sempre todas as panelas, tachos e afins alinhados, mas não pode ser só por causa disso. Não podemos ter os nomes dos nossos utensílios à mercê das vontades e humores da Filipa Vai com Deus.
Se querem dar mais glamour a um conjunto de panelas (que metade delas não serve para nada), porque não lhes chamar “Mandrioskas” de Cozinha? Afinal estão sempre arrumadas uma dentro das outras. Fica então registada a minha singela sugestão.

É sempre a mesma coisa ... irra!

Em todas as competições internacionais em que Portugal participa verifica-se sempre dois cenários distintos:
1. A partida para a competição: onde nenhum dos atletas é favorito e onde todos apenas esperam que este dê o seu melhor (afinal este não tem qualquer apoio por parte do estado e muitos são os casos em que tem de imigrar para continuar a evoluir).
2. A competição: onde são sempre esperadas todas as glórias e que é uma grande e constante desilusão porque não se chegou ao ouro.


Gostava de ver o dia em que um atleta olímpico nacional se revolte e chegue perto de um qualquer jornalista e lhe pergunte se a sua peça sobre a pobre criança cega da Cova da Moura foi premiada internacionalmente e caso não o tenha sido, afirmar que está muito decepcionado com este, afinal o País esperava e merecia mais.

Jogos Olímpicos (Parte III - A Cabala Olímpica)

Todos os dias os noticiários começam com: “Foi mais um dia decepcionante nas Olimpíadas para Portugal”.
Sinceramente fico indignado com esta falta de apoio aos nossos atletas e principalmente com a falta de visão dos nossos jornalistas, pois na verdade existe uma cabala Olímpica mundial que impede Portugal de se tornar na principal potência do desporto interplanetário. Ora vejam:
- Existe Hóquei em Campo (Portugal nem conhece esse desporto) mas não existe Hóquei em Patins onde somos sempre dos melhores.
- Existe Badmington mas não existe o Chinquilho (onde o Sôr Zé de do Café Central de Alcobaça têm créditos firmados na cena internacional)
- Existem provas equestres, mas não existe tourada.
Não vos quero maçar com mais exemplos, mas penso que ficou claro que o problema não está nos nossos atletas ou nas infra-estruturas e apoios que os mesmos têm acesso, mas sim nos desportos que são totalmente inadequados à nossa realidade.
A cabala foi desmascarada e aproveito para lançar o repto: Para quando As Olimpíadas Lusas?

JOGOS OLÍMPICOS (PARTE II)

Será que os Halterofilistas ficam danados quando a mãe deles lhes pede para ir buscar uma bilha de gás?
É que uma pessoa que levanta pesos por divertimento deve perder muito poder de argumentação.

JOGOS OLÍMPICOS

Os jogos olímpicos têm por principal mérito (na minha opinião) dar relevo a vários desportos que normalmente passam despercebidos ao comum dos mortais. Mas sejamos francos alguns não interessam nem ao “Menino Jesus”. Ontem por exemplo, dei por mim a ver na TV tiro com pistola de pressão de ar a 50 metros e reparei que existiam bancadas e pessoas realmente a assistir ao evento.

Gostava no entanto que alguém me explicasse qual a razão de estar alguém horas e horas a olhar para um alvo do tamanho de uma folha A5 a 150 metros de distância!!! O que discutem os adeptos?
- Acho que acertou no alvo?
- Não sei, não …
- A sério acho que acertou mesmo.


É por essas e por outras que prefiro a esgrima, não consigo perceber nada na mesma mas ao menos fico contente ao ver as luzes acender.


terça-feira, agosto 10, 2004

PROMETEU E CUMPRIU

Este governo foi o primeiro que, eu me lembro, que levou a cabo a sua principal promessa e em tempo record. O Santana no seu discurso de posse afirmou que iria mudar o País e conseguiu. Agora chove a potes em Agosto.
Para a próxima, Sr. Primeiro-ministro, por favor seja um pouco mais especifico, pois para isto já nos tinha bastado o Cherne.

sexta-feira, agosto 06, 2004

CHINQUILHO EM AMARANTE

Com o sucesso de Bowling for Columbine e Fahrenheit 9/11 aparecem cada vez mais nas salas de cinema, documentários que mostram o lado mais cru e cruel da realidade.
Michael Moore, o famoso cineasta americano, reabriu as portas para o ressurgimento do cinema como forma de luta e em Portugal um cineasta, ainda desconhecido, José da Silva Borges segue o seu exemplo, apresentando a sua mais recente e polémica fita sobre o assassinato de várias prostitutas na localidade de Amarante.
Nas palavras do autor, “O filme é a génese de três anos de trabalho e tenta mostrar de forma clara a realidade da prostituição em Portugal e as estreitas relações entre o Aloé Vera e a Máfia Russa”.
Chinquilho em Amarante, título que surge do facto de os incendiários terem estado toda a tarde no Café KateKero a jogar o supra mencionado Chinquilho antes de inundarem o Diamante Negro de gasolina e atearem fogo ao mesmo, matando desta forma todo o imobilizado do Sr. Rocha (proprietário do Diamante Negro), é uma salada de fruta de imagens montadas de forma magistral que nos afastam da vida cosmopolita de Lisboa e que nos transporta até ao fundo do mundo da prostituição nacional. O filme todo feito em Portugal é uma co-produção com o estado brasileiro que gentilmente cedeu todas as prostitutas através do programa de emigração ilegal estabelecido entre os dois países.
Depois do sucesso do seu primeiro filme, José da Silva Borges já conseguiu financiamento para mais dois documentários: Kapital 24:25 (sobre a eleição e vida privada do actual primeiro ministro Português) e Tudo Bons Rapazes (um remake do conhecido filme mas agora baseado na biografia da família Valentim Loureiro com marcantes testemunhos de Vale e Azevedo, Pinto da Costa e Sr. Rocha).