No último fim-de-semana, como todos os homens que tem uma relação estável com alguém, lá tive de ir ver a Expocasa. Farto de ver móveis e acessórios dei por mim a observar cuidadosamente a fauna que por lá circulava. Nisto, um simples facto captou toda a minha atenção – “os distribuidores de folhetos”. Todos eles, sem excepção têm aquele ar triste e envergonhado de quem foi enganado com aquela brincadeira do “segura aí! para eu apertar os sapatos” e que depois ficou com um monte de folhetos na mão enquanto o outro já deu de “frosques”. Agora o “distribuidor de folhetos” olha incessantemente à sua volta e tenta passar o “testemunho” a outro amigo ou conhecido que por ali esteja, tentando aplicar o mesmo truque. Mas o grande problema dá-se quando eles não estão por perto ou então já conhecem o velhinho truque. Aí a única solução é ir enganando os incógnitos transeuntes partilhando o fardo com os restantes. Só assim é que explica aquele semblante carregado e o olhar de cachorro abandonado e o facto de invariavelmente darem nos sempre 3 ou 4 folhetos iguais de cada vez (de forma a diminuir mais rapidamente o monte, sem dar muito nas vistas). Pois todos eles percebem, que todos os demais já sabem que eles foram enganados.
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